Expira prazo de 30 dias para a Venezuela divulgar resultados eleitorais

O prazo de 30 dias para a publicação dos resultados detalhados da eleição presidencial na Venezuela expirou, mas os dados de votação por mesa eleitoral ainda não foram divulgados no Diário Oficial. A decisão do Tribunal Supremo de Justiça (TSJ), que validou a vitória do presidente Nicolás Maduro, estipulava que os resultados deveriam ser publicados nesse período, conforme o artigo 155 da Lei Orgânica dos Processos Eleitorais. No entanto, até o momento, a última atualização no Diário Oficial ocorreu em 21 de agosto, deixando o país sem os dados eleitorais completos.

Na última sexta, 30, data que marcou o fim do prazo, a Venezuela enfrentou um apagão que afetou quase todos os estados. O governo denunciou o ocorrido como sabotagem contra o sistema elétrico, visando inutilizar a Hidrelétrica de Guri, a principal fonte de energia do país. Maduro atribuiu o ataque a grupos que, segundo ele, fingem ser oposição política, mas agem com vingança e ódio contra a nação.

Paralelamente, o candidato opositor Edmundo González foi notificado pela terceira vez pelo Ministério Público para prestar depoimento sobre supostos crimes relacionados à publicação de atas eleitorais da oposição. A investigação alega que a página onde os documentos foram divulgados busca usurpar as competências do Conselho Nacional Eleitoral (CNE), a única instituição autorizada a publicar resultados eleitorais no país.

As denúncias de repressão e prisões arbitrárias continuam a aumentar. Organizações de direitos humanos e a oposição acusam o governo de Maduro de perseguir lideranças, ativistas e jornalistas. A Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) condenou as detenções, destacando a violação de garantias judiciais e o uso de acusações de crimes como terrorismo para justificar as prisões. As autoridades venezuelanas, por outro lado, afirmam que estão combatendo grupos criminosos que supostamente tentam promover um golpe de Estado.

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