Em mais um dia de tensões no mercado financeiro internacional, o dólar continuou sua trajetória de alta e ultrapassou a marca de R$ 5,60 nessa última quinta, 29, registrando sua quarta alta consecutiva. A moeda norte-americana encerrou o dia cotada a R$ 5,623, com uma valorização de 1,2%. A disparada da divisa ocorreu após a abertura dos mercados nos Estados Unidos, impulsionada por dados econômicos que indicam o aquecimento da maior economia do mundo.
A divulgação de um crescimento de 3% no Produto Interno Bruto (PIB) dos Estados Unidos no segundo trimestre e a redução nos pedidos de auxílio-desemprego na última semana provocaram um movimento de migração de recursos de países emergentes para títulos do Tesouro norte-americano, considerados os investimentos mais seguros. Esse cenário contribuiu para a queda de quase 1% no índice Ibovespa, que fechou aos 136.041 pontos, um dia após atingir um recorde histórico.
No Brasil, além dos fatores externos, os investidores continuam atentos à indicação de Gabriel Galípolo para assumir o Banco Central a partir do próximo ano e às expectativas em torno do projeto do Orçamento de 2025, que deve ser enviado ao Congresso até o próximo sábado, 31. Paralelamente, a alta do dólar foi influenciada pela formação da taxa Ptax, que define o câmbio de referência para o governo e a conversão de reservas internacionais e dívidas públicas indexadas à moeda norte-americana.
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