Paralisação das operações da ONU em Gaza agrava crise humanitária

As operações da Organização das Nações Unidas (ONU) na Faixa de Gaza foram paralisadas nessa última segunda, 26, após uma nova ordem de evacuação emitida por Israel para Deir Al-Balah, no centro do enclave. A região abriga o centro de operações da ONU, que estava prestes a iniciar uma campanha de vacinação para cerca de 640 mil crianças em Gaza. A situação de segurança precária impossibilitou a continuidade das atividades da ONU, conforme relatado por uma autoridade sênior da organização, que preferiu não se identificar.

A evacuação ocorreu em um momento crítico, em que um caso de poliomielite foi detectado em um bebê de 10 meses, o primeiro registro da doença no território em 25 anos. Diante da nova ordem, a ONU realocou sua equipe rapidamente, deixando equipamentos para trás, e agora enfrenta dificuldades para manter as operações. Embora a situação seja desafiadora, a organização permanece empenhada em continuar seu trabalho humanitário na região, ainda que com severas restrições operacionais.

Apesar dos esforços para manter as atividades, a ONU alerta que a resposta humanitária está sendo “estrangulada”. A UNRWA, agência da ONU para refugiados palestinos, conseguiu oferecer alguns serviços nesta segunda-feira, mas a diminuição da área considerada segura por Israel limita drasticamente o alcance das ações. Segundo Louise Wateridge, porta-voz da UNRWA, apenas 11% da Faixa de Gaza é atualmente considerada adequada para a vida, agravando a crise humanitária enfrentada pela população.

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