A atividade econômica do Brasil registrou uma alta de 1,1% no segundo trimestre deste ano em relação ao trimestre anterior, segundo dados divulgados pelo Banco Central (BC) nessa última sexta, 16. O Índice de Atividade Econômica do BC (IBC-Br), ajustado sazonalmente, também mostrou um crescimento de 2,8% na comparação com o mesmo período de 2023. Esses resultados refletem uma recuperação econômica gradual, impulsionada pelos setores de indústria, comércio, serviços e agropecuária.
No mês de junho, o IBC-Br subiu 1,4% em relação a maio, alcançando 152,09 pontos em dados dessazonalizados. Na comparação com junho de 2023, a alta foi ainda mais expressiva, de 3,2%. No acumulado de 2024, o índice manteve-se positivo em 2,1%, evidenciando um crescimento contínuo da economia ao longo do ano. Em 12 meses, o IBC-Br registrou um aumento de 1,6%, reforçando a tendência de estabilidade.
O IBC-Br é um indicador importante que auxilia o Banco Central na formulação de políticas monetárias, como a definição da taxa básica de juros, a Selic, atualmente em 10,5% ao ano. A Selic, principal ferramenta do BC para controlar a inflação, influencia diretamente o custo do crédito e a atividade econômica no país. A elevação da taxa tende a desacelerar a economia ao encarecer o crédito, enquanto a sua redução visa estimular a produção e o consumo.
Apesar de seu papel relevante, o IBC-Br não deve ser confundido com o Produto Interno Bruto (PIB), que é o indicador oficial da economia brasileira calculado pelo IBGE. Embora os dois índices apresentem correlações, o PIB segue uma metodologia diferente e será divulgado em setembro, refletindo oficialmente o desempenho da economia no segundo trimestre. Em 2023, o PIB do Brasil cresceu 2,9%, superando as expectativas e consolidando um total de R$ 10,9 trilhões.
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