O Irã rejeitou, nesta terça, 12, os apelos de países ocidentais para que renunciasse às suas ameaças contra Israel. O porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros iraniano, Nasser Kanani, afirmou que Teerã não pedirá “autorização” para responder ao assassinato do chefe do Hamas, Ismail Haniyeh, que o Irã atribui ao Estado israelense. Kanani destacou que a República Islâmica está determinada a defender sua soberania e não aceitará imposições externas.
Na última segunda, 12, uma declaração conjunta dos EUA, França, Itália, Alemanha e Reino Unido pediu uma trégua em Gaza e exigiu que o Irã abandonasse suas ameaças de ataque contra Israel. O comunicado dos cinco países expressou apoio à defesa de Israel contra a agressão iraniana e ataques de grupos terroristas apoiados pelo Irã. Eles afirmaram que todas as partes devem cumprir suas responsabilidades para evitar a escalada do conflito.
Em resposta, o porta-voz iraniano criticou o apelo ocidental, alegando que ele “carece de lógica” e contraria os princípios do Direito Internacional, ao mesmo tempo em que apoia Israel sem criticar suas ações. Kanani também afirmou que o comunicado não aborda os crimes internacionais cometidos por Israel, mas apenas tenta impedir o Irã de responder a violações de sua soberania.
O conflito diplomático ocorre um dia após os Estados Unidos anunciarem o envio acelerado de um submarino com mísseis guiados e um porta-aviões para o Oriente Médio, como parte de um reforço das capacidades militares na região devido à escalada das tensões. A recente escalada inclui o ataque israelense em Beirute que matou Fuad Shukr, comandante do Hezbollah, e o ataque não reivindicado que matou Ismail Haniyeh em Teerã.
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