A busca do Brasil por igualar ou superar o recorde de 21 medalhas conquistadas na Olimpíada de Tóquio passa necessariamente pelas mulheres. Pela primeira vez, o país terá uma delegação com predomínio feminino. Elas representam 153 dos 276 atletas assegurados na capital francesa, segundo o Comitê Olímpico do Brasil (COB). Algumas modalidades explicam essa maior presença feminina, como o futebol, handebol e rugby, cujas seleções masculinas não se classificaram, ao contrário das femininas.
No levantamento de peso, no wrestling e no pentatlo moderno, as vagas conquistadas pelo Brasil foram todas com mulheres. Já no tiro esportivo, na esgrima, no tênis e nas águas abertas, elas são maioria entre os atletas classificados. Além disso, a delegação feminina apresenta candidatas reais a medalha em várias modalidades. Na ginástica artística, a campeã olímpica Rebeca Andrade se firmou como maior ameaça à supremacia da norte-americana Simone Biles. No boxe, Beatriz Ferreira chega a Paris como bicampeã do mundo e atual detentora do cinturão da Federação Internacional de Boxe (IBF) no peso leve.
O protagonismo feminino nos resultados brasileiros já se observou nos Jogos Pan-Americanos de Santiago (Chile) em 2023, onde 95 das 205 medalhas conquistadas foram graças às mulheres. A Olimpíada de Paris começa no próximo dia 26 de julho e segue até 11 de agosto, marcando a primeira vez que o evento terá participação igualitária de homens e mulheres, com 5.250 atletas de cada gênero.
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