Israel repreendeu os embaixadores da Irlanda, Noruega e Espanha nesta quinta, 23, devido ao plano de seus governos de reconhecer um Estado palestino. Autoridades israelenses consideraram a iniciativa uma tentativa de “ressuscitar políticas antigas e fracassadas”. Ontem, os três países europeus anunciaram que reconheceriam o Estado palestino em 28 de maio, com o objetivo de ajudar a encerrar a ofensiva de Israel em Gaza e retomar as negociações de paz, paralisadas há uma década.
A decisão dos países europeus ocorre em meio a um cenário de intensificação do conflito, agravado pela ascensão do grupo islâmico Hamas, que governa Gaza e busca a destruição de Israel, além da expansão dos assentamentos judaicos na Cisjordânia, ocupada pelo governo israelense de extrema-direita. A guerra, iniciada em 7 de outubro por uma onda de assassinatos e sequestros transfronteiriços cometidos por homens armados do Hamas, aumentou a violência na Cisjordânia e reduziu ainda mais o interesse israelense em negociações de paz.
Em resposta, os três enviados europeus foram convocados ao Ministério das Relações Exteriores em Jerusalém, onde assistiram a um vídeo inédito do Hamas levando mulheres em cativeiro. Israel também chamou seus próprios embaixadores em Dublin, Oslo e Madri para consultas. Enquanto isso, outras potências ocidentais mantêm a posição de que o reconhecimento de um Estado palestino deve ser resultado de negociações de paz.
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