Empresas do setor siderúrgico anunciaram, nesta última segunda, 20, um plano de investimento de R$ 100,2 bilhões no Brasil até 2028. O comunicado foi feito após uma reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o vice-presidente Geraldo Alckmin e ministros da área econômica. Embora os detalhes específicos dos investimentos não tenham sido divulgados, o anúncio acontece pouco depois de o governo estabelecer cotas de importação para 11 tipos de produtos de aço e uma taxação de 25% sobre o que exceder esses limites.
Segundo o Instituto Aço Brasil, de janeiro a março deste ano, o Brasil importou cerca de 1,3 milhão de toneladas de aço, representando um aumento de 25,4% em relação ao mesmo período do ano passado. O setor vinha criticando a concorrência desleal do aço estrangeiro, especialmente da China, que tem dificultado o aumento da produção nacional. O presidente do Conselho Diretor do Instituto, Jefferson de Paula, destacou que as siderúrgicas brasileiras operam com aproximadamente metade de sua capacidade instalada, tendo produzido 26,6 milhões de toneladas contra um potencial de 51 milhões.
Além disso, o presidente da Confederação Nacional das Indústrias (CNI), Ricardo Alban, celebrou a iniciativa de investimento, mas enfatizou a necessidade de medidas em outros setores que enfrentam problemas semelhantes com a concorrência de produtos importados, como os setores petroquímico, químico, de fertilizantes e da construção civil. Ele reforçou que providências adicionais são essenciais para garantir a competitividade e o crescimento desses segmentos no mercado brasileiro.
Seja o primeiro a comentar