Dez cidades do México enfrentam temperaturas recordes, incluindo a capital, Cidade do México, onde os termômetros atingiram 34,3 graus Celsius, ultrapassando o recorde anterior em um décimo de grau. Em Puebla, a temperatura chegou a 35,2°C, quebrando um registro estabelecido em 1947. Já Ciudad Victoria, na fronteira com o Texas, atingiu 47,4°C, superando o recorde anterior de 1998.
O calor extremo desencadeou apagões em várias áreas do país, principalmente no norte, levando à suspensão das aulas no Estado de San Luis Potosi, que registrou 50°C nesta semana. O Ministério da Saúde do México relatou sete mortes relacionadas ao calor desde março, número que pode aumentar devido às altas temperaturas desta semana. A mudança climática e o fenômeno El Niño têm contribuído para ondas de calor cada vez mais frequentes e mortais em todo o mundo.
A crise energética provocada pelos apagões gerou críticas de câmaras de negócios e analistas, que acusam o governo de falta de investimento em redes de transmissão de energia e geração suficiente para atender à demanda. O presidente Andrés Manuel López Obrador afirmou que o México possui capacidade de geração suficiente, classificando os apagões como “excepcionais”. A onda de calor acontece em meio a uma grave seca em todo o país, agravando a crise hídrica e colocando a questão da água no centro das discussões para as eleições gerais de junho.
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