Ministério da Saúde recomenda tratamento imediato para casos suspeitos de leptospirose no RS

O Ministério da Saúde emitiu uma orientação crucial para os profissionais de saúde no Rio Grande do Sul para iniciar o tratamento contra a leptospirose imediatamente em casos suspeitos, sem a necessidade de confirmação laboratorial. Essa medida se deve ao risco aumentado da doença provocado pelas recentes enchentes no estado. A pasta enfatizou a importância da “notificação mais sensível” desses casos na região.

A leptospirose está intimamente ligada a condições precárias de infraestrutura sanitária e à alta infestação de roedores infectados pela bactéria Leptospira. Pacientes que apresentem febre e dores, especialmente na região lombar e na panturrilha, e que tiveram contato com água ou lama das inundações devem receber tratamento com quimioprofilaxia até 30 dias após o início dos sintomas, conforme recomendação do Ministério da Saúde.

A doença é transmitida pela exposição à urina de animais infectados, especialmente ratos, e pode ter um período de incubação de até 30 dias. Com uma incidência elevada em determinadas áreas do país, os casos mais graves podem apresentar um risco de letalidade de até 40%. As inundações, como as registradas recentemente no Rio Grande do Sul, propiciam a disseminação da bactéria, aumentando o potencial de surtos da doença.

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