Protestos em Madri defendem permanência de premiê espanhol no governo

Milhares de manifestantes tomaram as ruas de Madri pelo segundo dia consecutivo, neste último domingo, 28, em um apelo ao primeiro-ministro espanhol Pedro Sánchez para que permaneça no cargo, após sua sugestão de possível renúncia. A passeata, intitulada “Por Amor à Democracia”, reuniu cerca de 5 mil pessoas, segundo autoridades locais, com cartazes expressando apoio a Sánchez e pedindo sua continuidade.

Também no último sábado, 27, apoiadores seguiram com uma uma grande mobilização de mais de 10 mil pessoas em frente à sede nacional do Partido Socialista espanhol (PSOE), em apoio ao primeiro-ministro. Ministros e líderes do partido Somar, parceiro de coalizão com o PSOE, estiveram presentes, destacando a unidade da esquerda na defesa do governo.

O líder parlamentar do Somar, Iñigo Errejón, destacou a importância do protesto em reivindicar o direito da esquerda de governar a Espanha e a soberania popular, diante do que descreveu como uma tentativa da direita e da extrema-direita de minar a democracia. Além das manifestações, líderes sindicais e culturais se reuniram para defender a legitimidade democrática e o respeito mútuo.

A possível renúncia de Sánchez vem após a confirmação de um inquérito preliminar por suposto tráfico de influência e corrupção envolvendo sua esposa, Begoña Gomez. Embora o Ministério Público tenha pedido o arquivamento do caso por falta de fundamento, Sánchez enfrenta pressões da direita e da extrema-direita, com o PSOE manifestando apoio à sua permanência no cargo durante uma reunião no sábado. Sánchez planeja fazer um anúncio oficial sobre sua decisão nesta segunda, 29.

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