Nesta última segunda, 8, uma autoridade do Hamas relatou que as conversações no Cairo sobre um cessar-fogo na guerra de Gaza não avançaram, enquanto o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, afirmou que foi estabelecida uma data para a invasão de Rafah, último reduto do enclave para os palestinos deslocados.
Equipes de Israel e do Hamas foram enviadas ao Egito no último domingo, 7, para negociações, que contaram com a presença de mediadores do Catar e do Egito, além do diretor da CIA, William Burns. A participação de Burns ressaltou a crescente pressão dos Estados Unidos por um acordo que liberte os reféns israelenses em Gaza e proporcione ajuda aos civis palestinos.
Em Jerusalém, Netanyahu informou que recebeu um relatório detalhado sobre as negociações no Cairo, enquanto Rafah permanece como último refúgio para os civis palestinos deslocados pelos bombardeios israelenses. Autoridades médicas palestinas relataram a recuperação de mais de 60 corpos de áreas onde os soldados operaram nos últimos meses.
Potências ocidentais expressaram preocupação com o alto número de mortes de civis palestinos e a crise humanitária decorrente da investida militar israelense em Gaza. Pelo menos 33.207 palestinos foram mortos em seis meses de conflito, segundo o Ministério da Saúde de Gaza. O ministro das Relações Exteriores de Israel, Israel Katz, descreveu as conversações no Cairo como o mais próximo que os lados chegaram de um acordo desde uma trégua de curta duração em novembro.
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