A Polícia Federal (PF) irá apurar as circunstâncias da hospedagem do ex-presidente Jair Bolsonaro na Embaixada da Hungria, em Brasília, entre os dias 12 e 14 de fevereiro. A informação foi confirmada à Agência Brasil por fontes da PF, que verificarão se Bolsonaro violou alguma das restrições impostas pelo Supremo Tribunal Federal (STF), especialmente após a deflagração da Operação Tempus Veritatis, que investiga uma suposta organização criminosa envolvida em uma tentativa de golpe de Estado no Brasil.
A revelação da estadia de Bolsonaro na embaixada foi feita pelo jornal norte-americano The New York Times, nesta última segunda, 25, sugerindo que o ex-presidente, alvo de investigações criminais, teria buscado refúgio para evitar a justiça. O periódico teve acesso a imagens de câmeras de segurança que mostram Bolsonaro acompanhado por seguranças e funcionários diplomáticos durante os dois dias na embaixada, inclusive pelo embaixador Miklós Halmai.
Segundo as imagens analisadas, Bolsonaro chegou à embaixada na tarde de 12 de fevereiro e partiu na tarde do dia 14 do mesmo mês. Durante sua estadia, a embaixada estava praticamente vazia, com poucos diplomatas húngaros em férias devido ao feriado de carnaval, conforme relatado pelo jornal.
Em nota, a defesa de Bolsonaro confirmou a hospedagem na embaixada da Hungria, alegando que o ex-presidente esteve no local para manter contatos com autoridades do país amigo. A nota destacou ainda o bom relacionamento entre Bolsonaro e o premier húngaro, com quem se encontrou recentemente na posse do presidente Javier Milei, em Buenos Aires.
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