A Organização das Nações Unidas (ONU) revelou em um amplo relatório, divulgado nesta sexta, 8, que o Irã é responsável pela violência física que resultou na morte de Mahsa Amini, em setembro de 2022, desencadeando uma onda de protestos no país. A Missão Internacional Independente de Levantamento de Fatos sobre o Irã apresentou evidências de trauma no corpo de Amini enquanto estava sob custódia da polícia da moralidade iraniana. A jovem de 22 anos foi detida por supostamente não usar o hijab adequadamente, sendo levada a um centro de detenção onde faleceu após uma “aula de reeducação”.
Apesar do relatório não atribuir a culpa a ninguém específico, o Irã negou qualquer envolvimento na morte de Mahsa Amini e contestou as alegações de violência. O país enfrentou uma onda de protestos após a morte da jovem, resultando em mais de 500 mortes e 22 mil detenções. A ONU também denunciou o “uso desnecessário e desproporcional de força letal” durante a repressão dos protestos, além de relatos de ataques sexuais a detidos pelas forças de segurança iranianas.
As autoridades iranianas ainda não responderam às conclusões da investigação, que destaca a complexidade e a gravidade dos eventos relacionados à morte de Mahsa Amini e aos protestos subsequentes.
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