Vinte e cinco organizações não governamentais (ONGs) emitiram um comunicado nesta quarta, 21, apelando a governos de todo o mundo para impedirem o deslocamento forçado de palestinos em Gaza diante da possibilidade de uma invasão terrestre em Rafah. As ONGs consideram “alarmantes” as informações sobre os planos de Israel de realocar permanentemente os palestinos da Faixa de Gaza para fora do território. O comunicado destaca que 1,5 milhão de palestinos em Rafah não têm para onde ir, enfrentando bombardeios contínuos.
As organizações ressaltam que os deslocamentos forçados, como os de Gaza, violam o direito humanitário internacional, e pedem ação internacional para alcançar um cessar-fogo “imediato, permanente e incondicional”, e que Israel cumpra as suas obrigações ao abrigo do direito internacional. Solicitam também que governos evitem iniciativas que contribuam para deslocamentos forçados, permitindo o retorno seguro daqueles que já foram deslocados ao final do conflito.
Na última segunda, 19, 26 dos 27 países da União Europeia apelaram por uma “pausa humanitária imediata”, marcando uma posição inédita no bloco, com exceção da Hungria. O pedido visa suspender os combates para possibilitar um cessar-fogo duradouro. Este é o primeiro consenso amplo no bloco em favor de um cessar-fogo em Gaza desde o início do conflito em outubro, ultrapassando apelos e corredores humanitários.
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