O Serviço de Inteligência Externa da Estônia divulgou nesta terça, 13, que a Rússia está se preparando para um confronto militar com o Ocidente nos próximos dez anos. O aumento no número de forças russas ao longo da fronteira com a Finlândia, membros da Otan e os Estados Bálticos da Estônia, Lituânia e Letônia foi destacado como base para a avaliação. Autoridades ocidentais têm emitido alertas sobre uma possível ameaça militar russa, instando a Europa a se preparar para reforçar suas defesas.
Embora um ataque militar da Rússia seja considerado “altamente improvável” a curto prazo, o chefe do serviço de inteligência, Kaupo Rosin, enfatizou que o Kremlin antecipa um possível conflito com a Otan na próxima década. A Estônia e outros Estados bálticos aumentaram seus gastos militares em resposta às ações russas desde a anexação da Crimeia em 2014. Os aliados da Otan, incluindo a Alemanha, estão reforçando sua presença na região para combater a crescente ameaça russa.
Apesar do aumento das tensões, Rosin não prevê um avanço russo na Ucrânia antes de sua eleição presidencial em março. Ele ressaltou a importância do apoio contínuo ou aumentado do Ocidente para a Ucrânia e criticou declarações do ex-presidente dos EUA, Donald Trump, sobre a defesa de aliados. A Rússia mantém uma capacidade superior de fornecer munição às suas tropas em comparação com a Ucrânia, e Rosin enfatizou que, sem um apoio sustentado ou aumentado do Ocidente, é improvável que a Ucrânia consiga reverter a situação no campo de batalha.
Seja o primeiro a comentar