Ataques israelenses em Rafah, Gaza, resultam em destruição e deixam palestinos sem saída

REUTERS/Ibraheem Abu Mustafa

Ataques aéreos israelenses resultaram na morte de 17 pessoas em Rafah, Gaza, na noite da última sexta, 9, conforme relatado por autoridades médicas neste sábado, 10. A cidade enfrenta a iminência de uma ofensiva completa, deixando mais de um milhão de palestinos sem opções de fuga.

O gabinete do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, anunciou na última sexta, 9, que ordenou a elaboração de um plano para evacuar a população de Rafah e destruir quatro batalhões do Hamas supostamente implantados na região. Diferentemente de ataques anteriores, que instruíram civis a fugirem para áreas mais seguras, não há lugares relativamente ilesos em Gaza atualmente, alertando para o risco de um grande número de civis perderem suas vidas.

Também na noite da última sexta, 9, um ataque aéreo atingiu uma residência em Rafah, resultando em 11 mortes e dezenas de feridos. Outro ataque, em uma segunda casa, deixou seis pessoas mortas. Autoridades médicas expressaram alarme com as operações israelenses ao redor do principal hospital Nasser, em Khan Younis, outra cidade do sul de Gaza. O cerco ao hospital e os disparos nas proximidades levantam preocupações sobre a segurança de centenas de equipes médicas, pacientes e refugiados no local.

A guerra contínua na região, meses após seu início, evidencia as limitações de propostas de evacuação diante da falta de áreas seguras em Gaza. O gabinete de Netanyahu afirmou que Israel não alcançará seu objetivo de eliminar o Hamas mantendo unidades em Rafah. A persistência dos conflitos suscita críticas e alertas de organizações humanitárias sobre a grave situação enfrentada pelos palestinos e destaca as complexidades na busca por soluções para o conflito.

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