É chegada o fim da “criminalidade” praticada por presos que, soltos em datas comemorativas, resolvem não voltar para o sistema carcerário.
Acaba de ser aprovado nesta última terça, 6, pela CSP – Comissão de Segurança Pública, do Senado Federal, o projeto de lei (PL) 2.253/2022 que restringe o benefício da saída temporária para presos condenados, os conhecidos “Saidão de Natal”, “Saidão de Carnaval”, “Saidão de Dias dos Pais”, entre outros. O projeto, da Câmara dos Deputados, segue para a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), que deve ser votado em regime de urgência no Plenário da Casa.
O debate sobre o fim da saída temporária ganhou força após a morte do sargento Roger Dias da Cunha, da Polícia Militar de Minas Gerais. Ele foi baleado na cabeça no dia 5 de janeiro, após uma abordagem a dois suspeitos pelo furto de um veículo em Belo Horizonte. O autor dos disparos era um beneficiado pelo “saidão” que deveria ter voltado à penitenciária em 23 de dezembro e era considerado foragido da Justiça.
Durante a votação do PL, o senador Magno Malta (PL-ES) pediu um minuto de silêncio em memória às vítimas de presos beneficiados pela saída temporária. Ele criticou o que classificou como ‘glamourização de criminosos’. “Não tem que ter ‘saidinha’ de maneira nenhuma. Esta é uma reunião que resgata o respeito a órfãos e viúvos de trabalhadores mortos de forma covarde por aqueles que zombam de nós e depois fazem sua própria selfie com o fuzil na mão”, disse o senador.
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