O número de palestinos mortos em ataques israelenses na Faixa de Gaza desde o início da guerra entre Israel e o Hamas em outubro ultrapassou 25 mil, disseram autoridades de saúde de Gaza, enquanto ataques israelenses e conflitos de rua ocorriam neste domingo, 21, no enclave controlado pelo Hamas.
As forças israelenses e os combatentes do Hamas entraram em confronto em vários locais, desde Jabalia, no norte, até Khan Younis, no sul, foco das recentes operações israelenses.
Israel disse que suas tropas libertaram grande parte do norte de Gaza da rede militar do Hamas e que mais de um milhão de residentes nessa parte do enclave se deslocaram para o sul para fugir dos bombardeios. No entanto, os combates continuaram no campo de refugiados de Jabalia e em outras áreas em redor da cidade de Gaza.
O Ministério da Saúde de Gaza disse que 178 palestinos foram mortos nas últimas 24 horas, em um dos dias mais mortais da guerra até agora. Os militares de Israel disseram que um soldado foi morto em combate.
Um total de 25.105 palestinos – muitos deles mulheres e crianças – foram mortos e 62.681 ficaram feridos nos ataques israelenses desde 7 de outubro, informou o ministério em comunicado que não faz distinção entre mortes de civis e de militantes, mas afirma que a maioria dos mortos eram civis.
Neste domingo, o secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, denunciou Israel pelo que chamou de mortes “dolorosas” de civis palestinos em Gaza.
“As operações militares de Israel espalharam uma destruição em massa e mataram civis em uma escala sem precedentes durante meu período como secretário-geral”, disse Guterres em uma conferência na capital de Uganda, Kampala.
Israel lançou sua campanha para eliminar o Hamas depois de militantes invadirem Israel, cidades e bases do sul em 7 de outubro, matando 1,2 mil pessoas, a maioria delas civis, e levando 253 reféns de volta ao enclave. O país diz que está lutando contra uma ameaça à sua própria existência.
Apesar do enorme número de mortos, os militares israelenses afirmam que tomam medidas para evitar vítimas civis, mas acusam o Hamas de operar em áreas densamente povoadas e de usar civis como escudos humanos, uma acusação que o grupo islâmico nega.
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