Após quase 11 horas de sabatina o plenário do Senado aprovou na noite desta última quarta, 13, a indicação de Flávio Dino como novo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF). Atual Ministro da Justiça e Segurança Pública, Dino foi escolhido pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva para ocupar a vaga deixada por Rosa Weber. A votação teve 47 votos a favor, 31 contrários e duas abstenções, marcando a última etapa antes da confirmação de Dino como magistrado.
Na sessão, o subprocurador da República Paulo Gonet, indicado para a Procuradoria-Geral da República (PGR), também passou pela sabatina. O formato escolhido pelo presidente da CCJ, Davi Alcolumbre, recebeu críticas de senadores de oposição. No entanto, foi mantido, permitindo apenas que os senadores fizessem perguntas de forma individualizada, em vez de agrupadas em blocos de três, como inicialmente planejado.
Durante os debates, a oposição se concentrou na carreira política de Flávio Dino, criticando sua atuação partidária e gestão no Ministério da Justiça. Dino assegurou que seu trabalho como ministro do STF será imparcial e defendeu a presunção de constitucionalidade das decisões do Congresso. Ele também afirmou que não terá hesitação em dialogar com a classe política, declarando não ter nenhum medo, receio ou preconceito de receber políticos e políticas do Brasil.
Flávio Dino torna-se o primeiro senador indicado para o STF desde 1994, somando-se a outros 12 ministros da Suprema Corte que também foram membros do Senado.
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