O serviço de segurança nacional da Suécia elevou o alerta terrorista para o segundo nível mais alto, nessa quinta, 17, e advertiu que a ameaça de ataque pode persistir por muito tempo depois que queimas e outros atos contra o Alcorão indignaram os muçulmanos.
A Dinamarca e a Suécia reforçaram os controles de fronteira, já que as autoridades dos dois países temem ataques de vingança depois que ativistas anti-islâmicos queimaram e danificaram várias cópias do livro sagrado muçulmano nos últimos meses.
O serviço de segurança Sapo, da Suécia, elevou o nível de alerta de 3 para 4, numa escala que vai de 1 a 5, refletindo alta ameaça.
“A Suécia deixou de ser considerada alvo legítimo para ataques terroristas para se tornar alvo prioritário”, disse a chefe do Sapo, Charlotte von Essen.
Ela também afirmou que a ameaça de ataque representada por “atores islâmicos violentos” aumentou no ano passado.
O Reino Unido e os Estados Unidos alertaram os cidadãos para não irem à Suécia devido a possíveis ataques terroristas, em meio a protestos lá e na vizinha Dinamarca por causa da queima do Alcorão.
A Suécia e a Dinamarca estão entre os países mais liberais do mundo e há muito tempo permitem críticas incisivas às religiões.
Os muçulmanos veem a profanação do Alcorão, que consideram a palavra literal de Deus, como ofensa grave, digna de punição severa.
O maior ataque terrorista da história recente da Suécia ocorreu em 2017. Um imigrante uzbeque, que havia jurado lealdade ao Estado Islâmico, atropelou pedestres em uma movimentada rua de Estocolmo com um caminhão, matando cinco pessoas.
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