O Índice de Confiança Empresarial (ICE) do FGV IBRE caiu 0,5 ponto em julho, para 94 pontos, após dois meses em alta. Apesar de avanços recentes, o índice segue distante de um nível considerado neutro para a confiança empresarial. O Índice é composto por duas dimensões: de situação presente da economia e de situação futura.
A avaliação sobre a situação presente da economia caiu 1,1 ponto, influenciado principalmente por uma menor demanda.
A expectativa sobre o futuro da economia foi a categoria que mais recuou, em 1,6 ponto. Houve aumento da expectativa da demanda prevista, porém estagnação do indicador de emprego previsto. Isto demonstra preocupação de grande parte do setor produtivo com os meses seguintes.
O Índice de Confiança empresarial cobre quatro grandes setores da economia: indústria, serviços, comércio e construção.
O setor de serviços exibiu resiliência e sustenta confiança de 98 pontos. Já os índices de indústria e comércio recuaram e a confiança da construção voltou a crescer, após dois meses em queda.
A confiança da indústria e do comércio está muito abaixo das demais categorias.
Porém, a confiança empresarial subiu em 41% dos 49 segmentos que integram o índice.
O Índice é divulgado pelo Instituto Brasileiro de Economia, FGV IBRE. Segundo seus especialistas, o recuo da confiança empresarial foi discreto, mas afeta a possibilidade de uma recuperação continuada do Índice. O que preocupa é o pessimismo em prazos mais longos, que pode influenciar decisões presentes de investimento.
Seja o primeiro a comentar