O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) prestou nesta quarta, 26, às 9h, pela segunda vez, depoimento na sede da Polícia Federal. O depoimento durou mais de 2 horas e faz parte de uma investigação a respeito dos atos golpistas que ocorreram no dia 8 de janeiro no Planalto Central.
Na primeira vez, Jair Bolsonaro compareceu a sede da PF, em Brasília (DF), no dia 5 de abril para explicar sobre as joias recebidas da Arábia Saudita. Desta vez ele foi ouvido no inquérito dos atos democráticos por supostamente ter incitado manifestantes a praticarem crimes contra o Estado Democrático de Direito, após ele ter postado um vídeo questionando os resultados das eleições. O inquérito foi instaurado pelo ministro do STF Alexandre de Moraes, por recomendação da Procuradoria-Geral da República (PGR).
Apontado como um dos mentores intelectuais dos protestos violentos, Bolsonaro alegou em sua defesa que estava dopado no momento em que fez a postagem do vídeo em seu Facebook e que sua intenção não era tornar o conteúdo público, e sim, apenas enviar para o seu WhatsApp para assistir posteriormente.
Embora o ex-presidente tenha compartilhado o conteúdo, o advogado Paulo Cunha Bueno argumenta que se tratou de um incidente isolado e destacou que na ocasião, Bolsonaro havia acabado de receber alta após ter sido internado nos Estados Unidos com dores abdominais, tendo sido medicado com morfina e assim que foi alertado sobre o erro, o presidente prontamente apagou o vídeo. O ex-chefe da Secom, Fabio Wajngarten, também reforçou que o próprio Bolsonaro repudiou os protestos violentos ocorridos em Brasília.
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