O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), assinou mais uma decisão e arquivou nesta sexta, 31, duas notícias-crime apresentadas pelo senador Rogério Marinho (PL-RN) e pelo deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG), após o presidente Lula ter dito em coletiva de imprensa que o plano de sequestro do senador Sergio Moro (União Brasil-PR) seria uma “armação” do ex-juiz.
Os dois parlamentares denunciaram o presidente Lula no STF, e o acusaram de incitação ao crime e de estar propagando fake News.
Nos dois casos, Moraes determinou o “arquivamento imediato” das ações, e alegou não haver presença de “indícios mínimos da ocorrência de ilícito penal”. A decisão foi tomada sem parecer da Procuradoria-Geral da República (PGR).
Na semana passada, um dia antes da Polícia Federal desarticular os planos do PCC (Primeiro Comando da Capital), Lula já havia alfinetado o senador Sergio Moro em uma entrevista cedida para a imprensa. O presidente relembrou os tempos em que esteve preso e disse que pensava em vingança.
O plano em questão trata-se de uma tentativa da organização criminosa para libertar o líder do grupo Marcos Willians Herbas, o Marcola, preso desde 1999, e consistia em realizar ataques simultâneos contra autoridades, incluindo homicídios e extorsão mediante sequestro, em que Moro era alvo.
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