A extração dos dentes sisos é um assunto que gera muitas dúvidas. Muitos ficam na dúvida se devem ou não retirar os também chamados terceiros molares. A Mestre em Odontologia Ana Paula M Quinteiro, explica sobre eles.
“Os sisos são heranças do homem primitivo. Naquela época, esse órgão era de extrema importância, pois, além de não haver instrumentos de corte, como as facas, os alimentos eram consumidos crus. Como consequência, os maxilares dos homens pré-históricos tinham um tamanho muito maior que o padrão atual. Com o passar dos séculos, as arcadas foram diminuindo de tamanho, acompanhando a evolução dos métodos de cocção dos alimentos e a adoção de uma alimentação mais pastosa pelos humanos. Com isso, o terceiro molar tornou-se praticamente obsoleto e sem espaço na cavidade bucal.
Nem sempre é necessário a extração dos sisos. A avaliação pelo cirurgião dentista é fundamental para dar este diagnóstico. Se os sisos estiverem em posição, ou com espaço suficiente, e se a higienização do paciente for satisfatória, não há motivos para a extração”
Embora a maioria das pessoas só procure o dentista depois de sentir a dor provocada quando o siso rasga a gengiva, a especialista indica que o melhor período para retirá-lo é, em média, entre os 15 e os 18 anos, antes dos sisos aparecerem na cavidade bucal, pois a raiz ainda estará em formação, facilitando sua remoção.
“Muitas vezes, os sisos se encontram numa posição desfavorável, ou seja, abaixo ou na metade do nível do osso da mandíbula ou maxila, deitado, sem espaço, “travam” o espaço dos outros dentes, fazendo com que, durante o seu uso (mastigação, fala, etc.), não haja espaço para a movimentação natural dos outros dentes da arcada, ocasionando seu desalinhamento, ou até mesmo inflamados ou infeccionados. Nessas situações, é indicado realizar a remoção”, esclarece a Dra Ana Paula.
A dentista esclarece que não é indicada a cirurgia de remoção caso os sisos estejam infeccionados. “Ela “abre caminho” para a entrada das bactérias bucais e, como consequência, desordens mais graves podem acontecer. Por isso, o ideal é deixar o processo que está agudo, fique crônico, que a inflamação/infecção local seja iniciada o tratamento com medicação sistêmica, para que em seguida se realize a extração”, destaca.
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