Diante das negociações da ONU sobre o firmamento de novo acordo global para proteger a natureza nos últimos dois dias, a China informou neste fim de semana uma proposta de texto que mudará moldará qualquer acordo acerca da conservação de lugares e espécies selvagens do mundo.
A presidência da cúpula de Montreal é regida pela China, responsável por divulgar a minuta do texto, conforme as duas últimas semanas de negociações.
Os ministros de quase 200 países deverão definir os detalhes até esta segunda, 19. A expectativa é que as medidas sejam capazes de conservar a natureza até 2030, semelhante à que começou com um pacto internacional para limitar as emissões de carbono que aquecem o planeta em Paris, em 2015.
O texto contém 23 metas para garantir a proteção de 30% das áreas terrestres e costeiras e marinhas até 2030, uma meta informalmente conhecida como 30 por 30. Entretanto, não há uma meta global que abranja o oceano, o que pode deixar as águas internacionais desprotegidas.
Outro empecilho até o momento, tem sido no âmbito financeiro e o rascunho propõe a alocação de 200 bilhões de dólares por ano para iniciativas de conservação.
Os países em desenvolvimento pressionavam para que metade desse valor passe dos países ricos para os mais pobres.
Porém, também há a brecha de que o dinheiro possa ser doado por qualquer país, uma maneira de demonstrar o anseio das nações desenvolvidas de que países com grandes economias, como China e Brasil, também contribuam com fundos.
Na última quarta, 14, negociadores de países em desenvolvimento saíram de uma reunião de financiamento em protesto.
O texto não especifica se os subsídios nocivos devem ser exterminados, eliminados gradualmente ou reformados, mas sugere que devem ser reduzidos em pelo menos 500 bilhões de dólares por ano até o final da década. Também não há a abordagem acerca da diminuição do uso de pesticidas, porém expõe que os riscos deles e de outros produtos químicos altamente perigosos devem chegar à metade.
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