Josep Borrell, o alto representante da União Europeia (UE) para os Negócios Estrangeiros e a Política de Segurança, advertiu na madrugada desta sexta, 14, que caso haja um potencial ataque nuclear por parte da Rússia à Ucrânia, haveria um sério risco de uma “resposta militar” ocidental tão “poderosa” que “aniquilaria” o Exército de Vladimir Putin.
Em reunião dos ministros da Defesa do Conselho do Atlântico Norte (NAC), na última quinta, 13, em Bruxelas, Borrell pediu ao presidente russo, Vladimir Putin, que não se utilize de blefes para fazer ameaças.
“Putin não se pode dar ao luxo de fazer blefes. Antes, precisa perceber que quem apoia a Ucrânia – a UE, os Estados Unidos (EUA) e a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) – não está blefando. Qualquer ataque nuclear contra a Ucrânia provocaria uma resposta, não nuclear, mas uma resposta militar tão poderosa que o Exército russo seria aniquilado”, afirmou.
Um pouco antes, ao chegar à sede da Otan, o chefe da diplomacia europeia aproveitou para anunciar que, na próxima semana, a UE aprovará novo financiamento que elevará o apoio militar à Ucrânia para mais de 3 bilhões de euros, desde o início do conflito.
“Venho informar aos membros da Otan que vamos aprovar, espero que na próxima segunda, 17, em Luxemburgo, nova parcela do apoio militar às Forças Armadas ucranianas”, disse Borrell.
No total, a UE já repassou mais de US$ 3 bilhões (cerca de 3.080 milhões de euros) em recursos do Fundo Europeu de Apoio à Paz”, acrescentou, na antecâmara da reunião com os ministros da Defesa dos 30 Estados-membros da Otan.
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