A lista de pacientes no DF que aguardam por uma doação de órgãos contabiliza mais de 1000 pessoas. Houve aumento do interesse pelo tema da doação e do transplante de órgãos nos últimos anos, mas não foi o bastante para zerar a fila. Assim, a campanha do Setembro Verde busca conscientizar a população sobre a importância da doação e da conversa sobre o tema com os familiares e amigos.
Apenas pacientes com morte encefálica sem contraindicação formal podem ser doadores de órgãos. “Em média, somente 5% dos pacientes internados em UTIs são aptos á doação. E por isso, infelizmente, o número de pessoas aguardando por um transplante cresce anualmente”, destaca a diretora da Central Estadual de Transplantes do Distrito Federal, Daniela Salomão.
A diretora explica que o paciente que morre fora de uma unidade hospitalar pode ser doador de córnea e ajudar alguém a voltar a enxergar. “A visão é um sentido muito importante, e para a criança mais ainda, pois compromete o rendimento escolar. Devemos aumentar os debates sobre esse tema para mostrar sua relevância”, aponta Daniela.
Desde 2020, mais de 1,6 mil transplantes foram realizados na capital federal. Atualmente, são realizados transplantes de coração, fígado, rins, córneas, esclera, osso, pele e medula óssea na capital. Até junho deste ano, 375 pacientes receberam um órgão transplantado. No ano passado, foram feitos 713 transplantes e em 2020, 521.
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