Um estudo recente, publicado na revista JAMA Psychiatry, indica que mulheres com histórico de doenças psiquiátricas na família podem ter quase o dobro de chances de desenvolverem depressão pós-parto. O dado pode favorecer o diagnóstico precoce e a prevenção da doença.
O trabalho fez uma meta-análise, ou seja, revisou 26 estudos científicos anteriores que continham dados de mais de 100 mil mulheres de 18 países. Os autores do artigo sugerem que as desordens psiquiátricas podem estar relacionadas à falta de acesso a uma rede de apoio à mãe, essencial na maternidade.
Para os estudiosos, uma mãe que cresceu em um ambiente em que seus pais sofrem com transtornos mentais pode influenciar no suporte social dado por eles durante a maternidade. Porém, é importante ressaltar que essa não é a única causa possível da depressão pós-parto e que existem outros fatores relacionados à doença.
Além disso, é essencial entender que a depressão pós-parto não é uma falha de caráter ou uma fraqueza e também pode afetar os pais.
Depressão pós-parto: sintomas e causas
Fatores físicos, emocionais e de estilo de vida podem influenciar. Por exemplo, uma das causas é a queda dos níveis dos hormônios estrogênio e progesterona no organismo, natural do período pós-parto, que pode contribuir para o início dos sintomas.
Questões emocionais, como privação de sono, pressão psicológica e estresse estão entre os fatores para o desenvolvimento da depressão pós-parto. Por isso, a rede de apoio é essencial nessa fase.
Estilo de vida, questões de saúde e problemas financeiros também podem contribuir para o surgimento dos sintomas. Isso inclui dificuldade de amamentação, filhos mais velhos com ciúmes, entre outros fatores.
Os sintomas da depressão pós-parto mais comuns são:
- Sentimento de tristeza ou desespero constante;
- Perder o interesse ou não sentir prazer na maioria das atividades diárias;
- Perder ou ganhar peso;
- Vontade de comer mais ou menos do que o habitual;
- Dormir muito ou não dormir o suficiente;
- Inquietação ou indisposição;
- Cansaço e energia;
- Sentimento de indignação ou culpa;
- Dificuldade para se concentrar ou tomar decisões;
- Ansiedade e excesso de preocupação.
Em casos mais graves, podem haver pensamentos suicidas. Nesse caso, é de extrema importância contar com ajuda profissional.
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