Neste tempo de pandemia, em que faltam leitos nos hospitais para tratamento da covid-19, uma pergunta tem sido pertinente entre a população do Distrito Federal: Porque Hospital de Campanha do Estádio Nacional Mané Garrincha, que atendia quase 200 pessoas em estado avançado da doença, foi desmontada?
Nas redes sociais, o governo do DF tem sido bombardeado de críticas e acusações por parte dos internautas, e responsabilizam o governador pelo fechamento daquele ponto de apoio, e por consequência pela falta de leitos para atender doentes vítimas da segunda onda.
Em resposta, o secretário adjunto de Assistência à Saúde do DF, Petrus Sanchez, veio a público esclarecer que era necessário que fosse desmontada a estrutura. “O hospital de campanha foi desativado porque os três contratos venceram entre setembro e outubro de 2020. O primeiro deles, de cessão do espaço, foi encerrado, e a empresa que tem a concessão do uso do estádio pediu a desocupação para a realização de jogos. O segundo era de manutenção predial para fazer as adequações – como canalização de gases, limitação de espaços com divisórias e outras adequações. E o terceiro, de gestão da saúde, era de oferta de serviço com os profissionais”, revelou.
Ainda segundo Sanchez, o Hospital de Campanha do Mané Garrincha, não possuía leitos de UTI, utilizados para pacientes com gravidade elevada da Covid-19. “Não foi aberto nenhum leito de Unidade de Terapia Intensiva no estádio. Para a instalação de uma UTI, é necessário que se atendam as regulamentações específicas da vigilância sanitária – que não poderiam ser cumpridas num ambiente provisório como o do estádio”, justificou o secretário.
“A desativação daquela estrutura, em outubro de 2020, não comprometeu a disponibilidade de leitos para tratamento de pacientes com covid-19 em unidades de terapia intensiva (UTIs). Isso porque o ponto de atendimento a pacientes infectados pelo novo coronavírus não tinha estrutura para internações de alta complexidade”, reforçou.
Compensação
Para atender à população, o Governo do Distrito Federal anunciou, na semana passada, um investimento de R$ 36 milhões na construção de três hospitais de campanha para o tratamento de pacientes com coronavírus (Covid-19). Cada unidade terá até 100 leitos, podendo chegar a 300 novos. Além disso, o Executivo local planeja a ampliação do hospital regional de Santa Maria para reforçar o atendimento.
Os hospitais de campanha serão erguidos nas regiões Central, Oeste e Sul, em endereços a serem definidos pela Companhia Urbanizadora da Nova Capital (Novacap). A preferência do governo é que eles sejam instalados no Plano Piloto, Ceilândia e Gama, mas tanto os locais como as cidades escolhidas podem mudar, de acordo com o resultado da licitação.
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