Setor de alimentos e bebidas teve alta inflacionária de 1,30% no mês de julho

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) registrou deflação de 0,68%, em julho, mas, o segmento de alimentos e bebidas ainda continuou com preços elevados. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a alta de 25,46% no leite longa vida e de 14,06% em leites e derivados, pressionou o grupo, que ficou 1,30% mais caro no mês.

Segundo o gerente da pesquisa, Pedro Kislanov, o grupo cintou com a mais expressiva oscilação positiva no mês, após subir 0,80% em junho, devido ao período de entressafra do leite, que está sendo mais forte do que nos últimos anos, e também pelo aumento do preço aos produtores, incluindo transporte e energia elétrica.

Em junho, o leite longa vida foi aumentado em 10,72%. No acumulado do ano o produto ficou 77,84% mais caro e em 12 meses a alta é de 66,46%. Além disso, ta,bem foram elevados os derivados como o queijo (5,28%), a manteiga (5,75%) e o leite condensado (6,66%). Com a alta do leite, a alimentação no domicílio acelerou de 0,63% em junho para 1,47% em julho. Já a alimentação fora do domicílio desacelerou de 1,26% em junho para 0,82%.

As frutas contaram com uma alta de 4,40% no mês e acumulam aumento de 35,36% em 12 meses. Por outro lado, tubérculos, raízes e legumes tiveram queda de 15,62% em julho, com destaque para o tomate (-23,68%), a batata-inglesa (-16,62%) e a cenoura (-15,34%). Mas, no acumulado de 12 meses o tomate ficou 7,45% mais caro, a batata-inglesa 66,82% e a cenoura está custando 37,82% a mais do que há um ano. A cebola acumula alta de 75,15% no período.

Transporte
Segundo a entidade, esse cenário de deflação foi impulsionado pela redução no preço dos combustíveis, já que em julho a gasolina caiu 15,48%, o etanol teve redução de 11,38% e o gás veicular ficou 5,67% mais barato. O grupo transportes passou de 0,57% em junho para -4,51% em julho. O acumulado do ano registra -1%

Em contrapartida, o preço das passagens aéreas contribuiu com o segundo maior impacto positivo no índice, com alta de 8,02% no mês e de 77,68% no acumulado de 12 meses.

O grupo vestuário apresentou recuo de 1,67% para 0,58% no mês, com a queda no preço do algodão. Saúde e cuidados pessoais desaceleraram de 1,24%, em junho, para 0,49% em julho diante da menor variação nos planos de saúde e à queda de 0,23% dos itens de higiene pessoal.

O grupo de despesas pessoais passou de 1,13% para 0,49%, sendo as principais altas em empregado doméstico (1,25%) e cigarro (4,37%). Habitação reduziu 1,05%, devido à queda de 5,78% na energia elétrica residencial.

FONTE: EBC

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