Crescimento do e-commerce gerou falta de contêineres nos portos do país

Com os comércios locais suspensos devido à pandemia, a solução do consumidor brasileiro foi realizar suas compras on-line. O aumento do comércio eletrônico gerou a escassez de contêineres para atender à demanda dos portos nacionais. A informação foi divulgada pela Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq), durante apresentação do estudo dos impactos da pandemia da doença no transporte marítimo. De acordo com os dados, esse cenário deve persistir a médio prazo.

Além da falta de contêineres, os principais impactos sentidos pelos usuários do sistema foram:

Omissão de escala: quando o acesso de um navio a determinado porto é cancelado. Nesse caso, as cargas a serem exportadas permanecem no pátio do terminal e as cargas a serem importadas ficam no navio.
Congestionamento portuário.
Aumento do frete.
Rolagem de carga: transferência para outros navios devido ao excesso de cargas.
Suspensões de rotas e escalas.
Alterações nos prazos de entregas.
Alterações de regras e cobranças indevidas de sobrestadia.

Segundo a diretora da Antaq, Flávia Takafashi, esses reflexos foram notados mundialmente, não apenas pela amplitude da pandemia, mas também pela própria natureza globalizada da atividade portuária.

“Com esse cenário, os navios passam a ficar mais tempo nos portos para conseguir atender toda a demanda de movimentação, prejudicando a eficiência operacional”.

Segundo o estudo da Antaq, o indicador de eficiência, também conhecido como Prancha Média Operacional, mostrou uma diminuição de quase 8 unidades por hora (u/h) na movimentação nos terminais de contêineres. Em junho de 2019, o indicador atingiu o valor máximo da série histórica, com 59,3 u/h, e caiu para 51,5 u/h em agosto de 2021.

Aumento do frete
Com o desequilíbrio entre oferta e demanda de contêineres e o aumento do preço do bunker (combustível naval), o frete de contêiner teve um aumento expressivo globalmente. Por exemplo, uma ideia, o frete entre Santos e Xangai (China) passou de US$ 2 mil, em 2019, para US$ 10 mil, no final de 2021.

Omissão de escala
Além disso, a Antaq também indica que 76,9% dos terminais de contêineres brasileiros tiveram um crescimento de omissões de escala, como consequência da crise na cadeia de suprimentos globais. Ou seja, aumentou o número de cancelamentos de atracagens de navios já previstas para acontecer, gerando uma superlotação de cargas nos terminais e embarcações.
Flávia Takafashi afirma que a Antaq vai passar a analisar os dados sobre omissões compilados pelos terminais.

Estudo
O estudo dos impactos da pandemia da Covid-19 no transporte marítimo começou em outubro de 2021. Para isso, foram realizadas entrevistas e reuniões com terminais, associações, armadores e usuários do sistema; levantamento de dados junto à Ouvidoria da Agência e de Unidades Regionais; e pesquisa qualitativa com os usuários e os terminais.

Fonte: Brasil 61

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