
Uma queda de energia em larga escala atingiu Espanha e Portugal nesta segunda, 28, paralisando redes de transporte, interrompendo serviços públicos e atrasando voos. Autoridades ainda investigam as causas do apagão, que deixou semáforos inoperantes, causou congestionamentos e afetou hospitais, metrôs e elevadores. Em Madri, houve forte presença policial e orientação para que a população evitasse deslocamentos. O primeiro-ministro espanhol, Pedro Sánchez, visitou o centro de controle da Red Eléctrica, que coordena os esforços para a recuperação da rede.
O apagão também afetou partes da França e levou os governos espanhol e português a criarem comitês de crise. A Red Eléctrica e a concessionária portuguesa REN ativaram planos emergenciais para a restauração da energia. A Comissão Europeia acompanha o caso junto à rede europeia de operadores de transmissão. Entre os eventos impactados, o torneio de tênis Madrid Open foi suspenso após o blecaute interromper os sistemas eletrônicos.
Nos aeroportos, a operadora espanhola Aena registrou atrasos em voos em todo o país, enquanto a ANA, responsável pelos aeroportos portugueses, acionou geradores para manter operações essenciais em Porto, Faro e Lisboa. Segundo autoridades, ainda não há evidências de que o incidente tenha origem criminosa, mas a possibilidade de um ataque cibernético não foi descartada. Interrupções de energia dessa magnitude são raras na Europa — a última registrada foi em 2003, na Itália.
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