
A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) formou maioria de votos nesta sexta, 25, para condenar a cabeleireira Débora Rodrigues dos Santos, acusada de participar dos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023 e de pichar a frase “Perdeu, mané” na estátua A Justiça, em frente à sede do STF. O julgamento havia sido interrompido em março por pedido de vista do ministro Luiz Fux, que devolveu o processo para análise no plenário virtual. O placar parcial está em 4 votos a 0 pela condenação, restando apenas o voto da ministra Cármen Lúcia.
Os ministros Alexandre de Moraes e Flávio Dino votaram por uma pena de 14 anos de prisão, enquanto Cristiano Zanin sugeriu 11 anos, todos considerando os crimes de abolição violenta do estado democrático de direito, golpe de Estado, associação criminosa armada, dano qualificado e deterioração de patrimônio tombado. Já Fux divergiu e votou pela condenação a 1 ano e 6 meses apenas por deterioração de patrimônio, absolvendo Débora dos crimes contra a democracia. A votação segue aberta até o dia 6 de maio.
No mês passado, Débora Rodrigues teve a prisão preventiva substituída por domiciliar por decisão do relator Alexandre de Moraes. Ela está em Paulínia (SP), onde cumpre medidas cautelares, como o uso de tornozeleira eletrônica, proibição de uso de redes sociais e contato com outros investigados. A ré estava presa desde março de 2023.
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