
A Ucrânia enfrentou na noite dessa quarta, 23, um dos maiores bombardeios desde o início da guerra. Segundo autoridades locais, a Rússia lançou 70 mísseis e 145 drones contra diversas regiões do país, incluindo a capital, Kiev. A Força Aérea ucraniana afirmou ter detectado 215 alvos aéreos, dos quais 112 foram abatidos pelos sistemas de defesa. O ataque deixou, até o momento, pelo menos nove mortos e 63 feridos, sendo 42 hospitalizados, entre eles seis crianças.
Os serviços de emergência informaram que o bombardeio causou incêndios e destruição de edifícios residenciais em Kiev, onde equipes de resgate seguem buscando vítimas sob os escombros. Além da capital, a cidade de Kharkiv, no nordeste do país, também foi atingida por mísseis, com registro de ao menos dois feridos, segundo o prefeito Igor Terekhov. As autoridades ucranianas afirmam que o ataque reflete a persistência do Kremlin em sua ofensiva militar, classificando a ação como uma demonstração clara do “desejo de matar” do presidente russo, Vladimir Putin.
O episódio gerou reações internacionais. O chefe de gabinete do presidente ucraniano, Andriï Iermak, reiterou que os bombardeios mostram o desprezo de Moscou por qualquer esforço de paz e apelou pelo fim dos ataques a civis. Em paralelo, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, criticou declarações do presidente ucraniano Volodymyr Zelensky sobre a Crimeia, mas também sugeriu que um acordo de paz estaria “muito próximo”. Já o ministro ucraniano dos Negócios Estrangeiros, Andri Sybiga, condenou o ataque e destacou a inflexibilidade russa quanto à exigência de manter territórios ocupados como condição para encerrar o conflito.
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