
Voltou a circular nas redes sociais uma notícia falsa afirmando que o Hospital Regional da Asa Norte (HRAN) não realiza mais atendimentos a pessoas vítimas de acidentes com animais peçonhentos. A informação não é verdadeira. De acordo com a Secretaria de Saúde do Distrito Federal, o hospital continua sendo referência para esses casos e mantém o estoque de sete tipos de soro antiveneno, distribuídos também para outras unidades da rede pública e privada.
Em nota, a Secretaria informou que o boato surgiu durante a pandemia, quando o HRAN passou a atender exclusivamente pacientes com covid-19 e teve parte de seus serviços temporariamente transferidos. “Essa mensagem é antiga e já não é válida. O hospital retomou o atendimento normalmente, mas o boato costuma ressurgir quando há maior divulgação de casos na imprensa”, afirmou a pasta.
Além do HRAN, outros dez hospitais da rede pública estão aptos a receber vítimas de acidentes com animais peçonhentos: os Hospitais Regionais de Brazlândia, Ceilândia, Gama, Guará, Planaltina, Santa Maria, Sobradinho, Taguatinga, o Hospital Materno Infantil de Brasília (Hmib) e o Hospital da Região Leste, no Paranoá. Apenas o Sistema Único de Saúde (SUS) oferece os soros, produzidos pelo Instituto Butantan.
Segundo boletim epidemiológico da própria Secretaria de Saúde, somente no segundo quadrimestre de 2024 foram registrados 1.306 acidentes com animais peçonhentos no DF, sendo 1.194 com moradores da capital. A média é de 77 ocorrências por semana. Desses registros, 86,3% foram ataques de escorpiões, sendo a maioria das vítimas mulheres.
Os escorpiões são os principais causadores de acidentes no DF, com destaque para o escorpião amarelo, cuja picada pode provocar reações leves a graves, especialmente em crianças e idosos. Serpentes, aranhas, lagartas e abelhas também estão entre os animais peçonhentos que mais provocam atendimentos médicos na capital.
A recomendação da Secretaria é buscar atendimento médico o mais rápido possível após o acidente e, se possível, levar o animal ou uma foto para facilitar a identificação e o tratamento adequado. Em caso de picadas por escorpião, aranha, lagarta ou lacraia, o contato com a Vigilância Ambiental pode ser feito pelo número 160 ou pelo e-mail gevapac.dival@gmail.com. Ataques por abelhas devem ser comunicados ao Corpo de Bombeiros e, em caso de serpentes, o acionamento é feito pelo Batalhão da Polícia Ambiental.
Em situações de emergência, o SAMU (192) e o Corpo de Bombeiros (193) também devem ser acionados. O Distrito Federal conta ainda com o Centro de Informação e Assistência Toxicológica (Ciatox), que funciona 24 horas e presta orientações por meio dos telefones 0800-644-6774 e (61) 99288-9358.
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