
As exportações brasileiras de ovos cresceram 346,4% nos três primeiros meses de 2025 em comparação ao mesmo período do ano passado, com destaque para os Estados Unidos, que se tornaram o principal destino do produto. Segundo a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), foram embarcadas 2.705 toneladas para o país norte-americano, que enfrenta uma grave crise sanitária no setor avícola desde 2022, com abates em massa de galinhas por conta da gripe aviária.
A forte demanda americana contribuiu para um aumento geral nas exportações brasileiras de ovos, que registraram salto de 342,2% em março, com 3.770 toneladas enviadas. No acumulado do ano, o total exportado chegou a 8.654 toneladas, o que representa alta de 97,2% em relação ao mesmo período de 2024. Em receita, os embarques renderam US$ 17,77 milhões — um crescimento de 116,1%. Outros mercados que mais importaram do Brasil no período foram os Emirados Árabes, Chile, Japão e México.
Apesar da expansão no mercado externo, a ABPA afirma que a oferta interna está garantida. Segundo o presidente da entidade, Ricardo Santin, os embarques representam menos de 1% da produção nacional. No entanto, o consumidor americano pode sentir no bolso: com a crise sanitária e a nova tarifa de 10% imposta pelo presidente Donald Trump a produtos brasileiros, o Departamento de Agricultura dos EUA estima alta de até 41% no preço dos ovos em 2025.
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