
O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), afirmou a lideranças do PSOL que não irá intervir no processo que pode levar à cassação do deputado Glauber Braga (PSOL-RJ). A declaração foi feita nessa quarta, 9, dia em que o Conselho de Ética aprovou, por 13 votos a 5, o parecer que recomenda a perda de mandato de Glauber por quebra de decoro parlamentar, após um episódio envolvendo agressões a um integrante do Movimento Brasil Livre (MBL), em 2023.
Segundo relatos, Motta teria dito que Glauber acumulou inimizades no plenário e que reverter o processo seria difícil. Entre os desafetos do deputado do PSOL está o ex-presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL), aliado de Hugo Motta. Como reação, o PSOL decidiu obstruir a pauta do plenário e tentou evitar a votação no Conselho pedindo o início da sessão plenária — o que suspenderia as atividades das comissões —, mas o pedido não foi atendido.
Ainda durante o dia, parlamentares do PSOL fizeram apelos individuais a membros do Conselho de Ética na tentativa de adiar ou barrar a votação. Apesar da pressão, a medida só conseguiu postergar a decisão por algumas horas. No início da noite, o colegiado confirmou o parecer favorável à cassação de Glauber, que agora poderá recorrer à Comissão de Constituição e Justiça antes que o processo siga para votação no plenário da Câmara.
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