
No Dia dos Jornalistas, comemorado nesta segunda, 7, um ataque das Forças de Defesa de Israel (FDI) atingiu uma tenda com profissionais da imprensa posicionada em frente ao Hospital Nasser, em Khan Yunis, no sul da Faixa de Gaza. O bombardeio matou o jornalista Helmi Al-Faqaawi, da Palestine Today TV, e um civil, além de deixar outros nove jornalistas gravemente feridos. Imagens do momento do ataque, com a tenda em chamas, circulam nas redes sociais. O Sindicato de Jornalistas Palestinos classificou a ofensiva como um “massacre terrível” e condenou veementemente a ação.
A FDI alegou que um dos feridos, Hassan Aslih, seria membro do Hamas e usaria a profissão de jornalista como disfarce, acusando-o de participar dos ataques de 7 de outubro. Segundo os militares israelenses, ele teria registrado imagens de saques e assassinatos durante o ataque. Nenhuma prova foi apresentada até o momento. Israel tem feito acusações semelhantes contra outros jornalistas mortos em Gaza, como no caso de Hossam Shabat, da Al-Jazeera. Organizações como Repórteres Sem Fronteiras e Comitê de Proteção dos Jornalistas vêm contestando essas alegações, que consideram frágeis.
Desde que retomou os bombardeios sobre Gaza, em 18 de março, após dois meses de trégua, Israel já matou cerca de 1,3 mil pessoas no enclave, ferindo mais de 3,4 mil, de acordo com o Ministério da Saúde local. Entre as vítimas estão 505 crianças mortas e 1,2 mil feridas. Mais de 200 jornalistas foram mortos em Gaza desde o início da guerra, o que tem levado entidades internacionais a denunciarem uma tentativa de silenciar a cobertura do conflito.
Seja o primeiro a comentar