
O líder supremo do Irã, aiatolá Ali Khamenei, afirmou nesta segunda, 31, que os Estados Unidos sofrerão um “golpe recíproco” caso cumpram a ameaça do presidente Donald Trump de bombardear o país. Trump reiterou no domingo, 30, que Teerã tem dois meses para aceitar um novo acordo nuclear, conforme proposta enviada pelo governo norte-americano em março. O Irã, no entanto, já respondeu à carta afirmando que não aceitará negociações diretas, mas está disposto a continuar o diálogo de forma indireta.
Khamenei destacou que considera improvável um ataque militar, mas alertou que, se acontecer, haverá uma retaliação. Ele também acusou os EUA e Israel de tentarem desestabilizar o país, mencionando protestos anteriores, como os de 2022 e 2023, após a morte de Mahsa Amini, e os de 2019, motivados pelo aumento no preço dos combustíveis. O Irã historicamente culpa o Ocidente pela instabilidade interna.
A tensão entre os dois países se intensificou desde que Trump retirou os EUA do acordo nuclear de 2015, que impunha restrições ao programa nuclear iraniano em troca da suspensão de sanções. Desde então, o Irã aumentou o enriquecimento de urânio, levando potências ocidentais a acusarem Teerã de desenvolver armas nucleares sob a justificativa de um programa de energia atômica civil.
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