Apesar da revisão para baixo na projeção do Banco Central (BC), o Ministério da Fazenda mantém a expectativa de crescimento superior a 2% para o Produto Interno Bruto (PIB) deste ano. A afirmação foi feita pelo ministro Fernando Haddad nessa quinta, 27, após o Relatório de Inflação do BC reduzir a estimativa para o PIB de 2025 de 2,1% para 1,9%. Segundo Haddad, a equipe econômica ainda não reviu seus números e segue com a previsão estabelecida na Lei Orçamentária.
O ministro destacou que tanto o Banco Central quanto a Secretaria de Política Econômica (SPE) do Ministério da Fazenda possuem autonomia para suas projeções, mas ressaltou que as estimativas da Fazenda têm se mostrado mais alinhadas com os resultados concretos da economia. Haddad também reafirmou o compromisso com o regime de metas de inflação e negou divergências com o BC, defendendo que ambos estão focados em garantir previsibilidade na condução da política monetária.
Haddad ainda comentou a recente sugestão do vice-presidente Geraldo Alckmin sobre a exclusão de preços voláteis, como alimentos e energia, da meta de inflação utilizada para definir a taxa básica de juros. Para o ministro, a metodologia já adotada pelo BC leva em conta a volatilidade desses itens e avalia os chamados núcleos de inflação, garantindo uma análise mais precisa dos fatores que impactam a economia.
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