Escassez de chuvas agrava crise hídrica e ameaça produção agrícola no Brasil

A falta de chuvas no último verão, encerrado na última quinta, 20, não foi suficiente para recuperar os estoques de água no solo, agravando a crise hídrica em diversas regiões do país e impactando a produção agrícola. De acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), o déficit pluviométrico foi de 200 milímetros em áreas como o norte do Pantanal, Rondônia, norte do Mato Grosso e sudoeste do Pará, comprometendo o desenvolvimento das lavouras e a regeneração dos biomas Amazônia, Cerrado e Pantanal.

A escassez de água reduziu a umidade do solo e resultou na queda da produtividade de grãos, além da perda de folhas em florestas no oeste do Pará, leste do Amazonas e Pantanal mato-grossense. O Inmet alerta que essa situação ocorre em um momento crítico, durante o período de semeadura, aumentando os riscos de perdas agrícolas. A agrometeorologista Lucietta Martorano explica que, enquanto o oeste da Amazônia mantém um nível satisfatório de umidade, o Brasil Central, Minas Gerais, São Paulo e Rio Grande do Sul enfrentam precipitações insuficientes para a recuperação hídrica.

O impacto na produção agrícola já reflete na inflação dos alimentos. O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), prévia da inflação oficial, registrou alta de 0,64% em março, sendo os alimentos os principais responsáveis pela pressão sobre os preços. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que a expectativa do governo é de recuo nos preços em 2025, impulsionado por uma possível supersafra. Além da crise hídrica, o Brasil também registrou um verão atipicamente quente, com temperatura média de 25,81°C, tornando-se o sexto mais quente desde 1961.

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