A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) retoma nesta quarta, 26, o julgamento que decidirá se o ex-presidente Jair Bolsonaro e mais sete aliados se tornarão réus por crimes ligados a uma suposta tentativa de golpe de Estado. O processo analisa a denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR), que acusa os investigados de integrarem uma organização criminosa para atentar contra a democracia entre 2021 e 2023. Se a maioria dos ministros aceitar a denúncia, os acusados responderão a uma ação penal no STF.
Entre os denunciados, além de Bolsonaro, estão ex-ministros e militares de alta patente, como Walter Braga Netto, Augusto Heleno e Anderson Torres. Segundo a PGR, o grupo articulou medidas para impedir a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e chegou a elaborar uma minuta de decreto para executar um golpe. A denúncia também menciona um suposto plano para assassinar autoridades, incluindo o próprio Lula, o vice-presidente Geraldo Alckmin e o ministro Alexandre de Moraes. No primeiro dia de julgamento, a defesa de Bolsonaro negou as acusações, enquanto o procurador-geral Paulo Gonet reforçou os indícios de conspiração.
Caso a denúncia seja aceita, Bolsonaro e os demais acusados poderão ser condenados a penas que, somadas, ultrapassam 30 anos de prisão. Com a abertura da ação penal, as defesas terão a oportunidade de apresentar testemunhas e novas provas antes do julgamento definitivo. Ainda não há data prevista para a decisão final do STF sobre o caso.
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