
Após dias de estabilidade, o mercado financeiro começou a semana em turbulência, impulsionado por declarações do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e novas ameaças tarifárias do ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. O dólar comercial fechou essa segunda, 24, cotado a R$ 5,752, com alta de 0,61%. A moeda chegou a atingir R$ 5,77 pela manhã, após Haddad sugerir possíveis mudanças no arcabouço fiscal, mas reduziu a alta após esclarecimentos do ministro. No fim do dia, no entanto, voltou a subir após Trump anunciar intenção de sobretaxar em 25% países que comprem petróleo da Venezuela e confirmar tarifaços sobre alumínio, automóveis e produtos farmacêuticos.
A bolsa de valores também sentiu os impactos da instabilidade. O índice Ibovespa encerrou o dia em queda de 0,77%, aos 131.321 pontos. O mercado operou com certa estabilidade durante a manhã, mas perdeu força à tarde, contrariando a tendência de recuperação das bolsas norte-americanas. A realização de lucros, movimento no qual investidores vendem ações para garantir ganhos recentes, também contribuiu para a queda após três semanas consecutivas de alta.
Além do cenário político e econômico, o mercado brasileiro foi impactado pela alta nas taxas dos títulos do Tesouro dos Estados Unidos. Considerados investimentos de baixo risco, esses ativos atraem investidores internacionais, reduzindo o fluxo de capital para mercados emergentes como o Brasil.
Seja o primeiro a comentar