O ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou nesta segunda, 24, a imposição de uma tarifa de 25% sobre qualquer negociação feita com os EUA por países que comprarem petróleo ou gás da Venezuela. A medida, que entra em vigor em 2 de abril, foi justificada por Trump com a alegação de que a Venezuela enviou “dezenas de milhares” de pessoas aos EUA com uma “natureza muito violenta”. A decisão impactou imediatamente o mercado, elevando em quase 1,5% os contratos futuros do petróleo bruto.
A China, maior compradora do petróleo venezuelano, pode ser a mais afetada pela tarifa. Em fevereiro, o país asiático adquiriu cerca de 503 mil barris por dia, o equivalente a 55% das exportações da Venezuela. Outros importadores incluem Espanha, Itália, Cuba e Índia. Além disso, no início do mês, Trump suspendeu por 30 dias uma licença concedida à Chevron desde 2022 para operar no país sul-americano, alegando falta de avanços do governo de Nicolás Maduro em reformas eleitorais e no retorno de migrantes.
A nova medida se soma à recente decisão de Trump de invocar a Lei de Inimigos Estrangeiros de 1798 para deportar supostos membros da gangue venezuelana Tren de Aragua sem necessidade de ordem judicial. Ainda não houve resposta do governo de Maduro sobre a tarifação imposta pelos EUA. As importações de petróleo venezuelano pelos Estados Unidos devem ser encerradas no início de abril, a menos que Trump opte por estender a isenção.
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