O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central decidiu nessa última quarta, 20, elevar a taxa Selic de 13,25% para 14,25% ao ano. A medida já era prevista desde dezembro do ano passado, quando o BC indicou que faria dois aumentos consecutivos de 1 ponto percentual. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que a decisão seguiu o “guidance” estabelecido pela instituição, ou seja, um direcionamento previamente sinalizado ao mercado.
No comunicado oficial, o Banco Central justificou a nova alta da taxa de juros citando o cenário de incertezas e a necessidade de controlar a inflação. A instituição também indicou que um novo ajuste poderá ocorrer na próxima reunião, em maio, mas em menor magnitude. Haddad declarou que só comentará a decisão após a divulgação da ata do Copom, prevista para a próxima terça, 25.
A elevação da Selic gerou críticas dentro do próprio governo. O deputado federal Lindbergh Farias (PT-RJ) afirmou, em publicação nas redes sociais, que a política monetária adotada pelo BC pode prejudicar a economia e aumentar o gasto público com juros da dívida. Segundo ele, cada ponto percentual de alta na taxa básica representa um acréscimo de cerca de R$ 50 bilhões nas despesas do país.
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