
Os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) iniciam nesta quarta, 19, a análise sobre a participação de Alexandre de Moraes, Flávio Dino e Cristiano Zanin no julgamento da denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) relacionada à suposta tentativa de golpe de Estado em 2022. A votação, realizada no plenário virtual, segue até esta próxima quinta, 20. A defesa do ex-ministro Walter Braga Netto questiona a imparcialidade de Moraes, enquanto os advogados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) apontam impedimentos para Dino e Zanin.
O presidente do STF, Luís Roberto Barroso, rejeitou o pedido de suspeição de Moraes, argumentando que um golpe de Estado afeta a coletividade, e não um indivíduo. Já Dino e Zanin foram consultados sobre sua imparcialidade e se declararam aptos a julgar o caso. Dino foi alvo de uma queixa-crime contra Bolsonaro em 2021, quando era governador do Maranhão, enquanto Zanin foi advogado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), mas afirmou que isso não compromete sua atuação no julgamento.
A PGR enviou parecer reforçando a capacidade de ambos para analisar a denúncia. Moraes, Dino e Zanin integram a Primeira Turma do STF, que julgará a denúncia contra Bolsonaro e ex-ministros, incluindo Braga Netto, Anderson Torres e Augusto Heleno. O julgamento do chamado núcleo 1 está marcado para os dias 25 e 26 de março, sob a presidência de Zanin.
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