
Líderes partidários da Câmara dos Deputados se reúnem nesta quinta, 13, para definir a presidência das comissões permanentes, em meio a disputas que travam os trabalhos desde o retorno do recesso legislativo. O encontro será conduzido pelo presidente da Casa, Hugo Motta (Republicanos-PB), que busca um consenso entre os partidos para a divisão dos colegiados. Entre os principais impasses está o comando da Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional, reivindicado pelo PL para Eduardo Bolsonaro (SP), mas contestado pelo PT e PSOL, que defendem outro nome para o cargo.
Além dessa disputa, há indefinição sobre a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), considerada a mais importante da Casa. No ano passado, a presidência foi ocupada por Caroline de Toni (PL-SC), e o partido sinalizou interesse em manter o controle do colegiado. No entanto, segundo o acordo entre os líderes partidários, a presidência deve ficar com o MDB neste ano. A definição das comissões segue a regra da proporcionalidade, mas depende de negociações entre os blocos.
A escolha dos presidentes será oficializada por meio de eleições simbólicas nos colegiados, mas o embate político pode prolongar as decisões. Nos bastidores, a cúpula do PT aceita um nome do PL para a Comissão de Relações Exteriores, desde que não seja Eduardo Bolsonaro, enquanto o líder do PL, Sóstenes Cavalcante (RJ), afirma que o partido não abrirá mão da indicação. A expectativa é que um acordo seja fechado ainda nesta quinta-feira.
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