
A ONG Me Too Brasil apresentou uma queixa-crime no Supremo Tribunal Federal (STF) contra o ex-ministro dos Direitos Humanos, Silvio Almeida, por difamação. A ação judicial se baseia em vídeos, notas e entrevistas divulgadas por Almeida enquanto ocupava o cargo, além de um texto publicado no site oficial do Ministério dos Direitos Humanos mencionando a organização. O pedido foi protocolado no dia 28 de fevereiro e está sob relatoria da ministra Carmen Lúcia.
A petição, assinada pela advogada Marina Ganzarolli, representante da ONG, argumenta que o ex-ministro utilizou seu cargo e a estrutura da administração pública para se defender de acusações de assédio sexual contra mulheres, incluindo a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco. Além disso, a Me Too Brasil sustenta que Almeida tentou desmoralizar a organização para descredibilizar as denúncias contra ele. A entidade também contesta uma nota do Ministério, publicada no dia das denúncias, que mencionava suposta tentativa da ONG de interferir em uma licitação do Disque 100 e sugeria suspeita de superfaturamento.
A equipe jurídica da Me Too Brasil ainda destacou uma entrevista de Silvio Almeida ao portal UOL, em 24 de fevereiro, na qual o ex-ministro reafirmou ter sido informado sobre uma possível relação entre a ONG e a pasta, motivo pelo qual encaminhou o caso para investigação. A queixa-crime reforça que as declarações do ex-ministro foram prejudiciais à reputação da organização e que a ação foi protocolada dentro do prazo legal estabelecido pelo Código de Processo Penal.
Seja o primeiro a comentar