
Os advogados do general Braga Netto protocolaram um novo pedido ao Supremo Tribunal Federal (STF) para ampliar o prazo de apresentação da defesa prévia contra a denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR), que acusa o ex-ministro de tentativa de golpe de Estado. O pedido, feito na noite dessa quarta, 5, ocorre após o relator do caso, ministro Alexandre de Moraes, ter negado anteriormente a extensão do prazo. A data limite para apresentação da defesa é nesta sexta, 7, conforme o cronograma estabelecido pela Corte.
A defesa de Braga Netto argumenta que não há tempo suficiente para analisar as centenas de milhares de documentos e provas envolvidas no caso, incluindo arquivos com 390 gigabytes de dados. Além disso, os advogados solicitam que o general tenha o direito de se manifestar somente após o tenente-coronel Mauro Cid, que firmou acordo de delação premiada, com base na Lei de Colaboração Premiada. Moraes já negou essa solicitação, afirmando que a legislação não prevê tal possibilidade antes da aceitação da denúncia.
Os advogados também alegam que não tiveram acesso completo às provas que embasaram a denúncia, mencionando que faltam mais de 1 mil arquivos no material entregue a eles, além de processos físicos que não foram digitalizados. Moraes rebatou essas alegações, afirmando que não há impedimento para o acesso às provas e que a defesa não teria consultado corretamente os autos do processo.
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